Ser lolita é viver em um mundo de sua própria criação. É recapturar o senso infantil do mundo das maravilhas e a alegria nas pequenas coisas da vida, encher nosso próprio sonho de elegância e feminilidade. Quando uma Lolita põe um vestido cheio de babados e laços, amarra uma fita em seu cabelo e calça seus mary janes ela está jogando fora as responsabilidades de um adulto, todas as suas preocupações e medos derretem e ela pode sorrir outra vez, como uma pequena garota e a caminhada com a primavera em seus passos, sentindo prazer na própria vida, os aromas florais do jardim, a gota doce de chá na ponta da língua. O grande mundo sujo se torna, mais uma vez, um páis das maravilhas criado para seu prazer. Quem liga se os tolos incomuns olham torto? Lolita está dançando em uma sincronia diferente, vivendo a vida aqui e agora ao invés de se preocupar constantemente pelo amanhã ou lamentando pelo passado. A magia de Lolita é a habilidade de congelar o tempo, em uma época que nunca existiu, onde todas as garotas eram princesas e jantavam chá e bolo. É crescer do jeito que você imaginava quando você era menor, crescendo não "mais velha", mas apenas mais bonita, se apaixonando com o mundo e fitando o céu azul.
Se tornar Lolita, aceitar essa beleza em si mesma não é uma tarefa fácil. Uma Lolita deve desistir de seus conceitos do que é 'normal' e 'esperado' pelos outros, porque esses pensamentos falsos vão retê-la de alcançar seus sonhos e perceber seu próprio mundo de fantasias. O primeiro passo então, vem em dizer para si mesma 'O que me faz feliz é o que deve vir primeiro.' Isso não é puro egoísmo, viver apenas pelo prazer do outro cria uma feiura interna que irá consumir seus sonhos, seguir sua própria felicidade é uma inspiração para todos e criará alegria onde quer que você vá. Zombaria se tornará inveja quando perceberem que você está em paz consigo mesma e seu estilo de vida. Essas Lolitas devem quebrar as correntes que as ligam a falsas noções.
Uma vez isso alcançado, ela sentirá uma luz repentina, como se um grande peso fosse deixado de seus ombros e agora ela pode voar, livre do fardo que ela carregou 'o que será que elas pensam de mim?' 'o que eu devo fazer?' é substituído por 'onde eu devo voar hoje?.' Esse é o estado mental que buscamos.
A natureza da Lolita é escapar. Porém, isso é sempre mal entendido. Escolher abandonar as responsabilidades mortais; crescer, viver como um cidadão completo com cuidados e preocupações mundanas, não é a escolha para ver o lado resplandecente da vida. Lolita também tem seu lado 'gótico', aquela fascinação com a falsa inocência da infância, o conceito surreal da fatalidade e as sombras que mesmo as donzelas carregam. Em alguns dias ela pode escolher vestir um vestido preto, com caveiras e cruzes como sua assinatura. Isso desafia o ideal comum e satisfaz os desejos mais sombrios de uma criança. Mesmo uma Lolita que prefere o estilo mais doce pode gostar dessas coisas com um prazer trágico.
Para onde uma Lolita escapa então? Para um mundo onde apenas jovens meninas e bonecas vivem. É um pequeno pedaço de história revestido de açúcar, um anacronismo em que ela pode transformar seu quarto comum em um grande solar, ou palácio de Versailles. Sua vizinhança se torna seu reino. Nesse país das maravilhas coisas curiosas acontecem, desejos são concedidos e contos-de-fadas viram realidade. Lolita não deve ter medo de explorar esse novo mundo estranho, que segura muitas páginas de sua própria história. Toda Lolita deve encontrar seu lugar e fazê-lo bonito.
Se transformar em Lolita é ganhar um conhecimento de Beleza. Ver a beleza em si mesma e no mundo. O coração de uma lolita é uma metamorfose, assim como uma borboleta, em uma linda menina, dama ou princesa. A donzela de sua própria história.
Essas palavras são para você, menina que escolhe sonhar. Talvez ajude você a encontrar suas asas.
Espero que tenhas gostado !
CréditosTexto original: The Lost Princess
Nenhum comentário:
Postar um comentário